Para quem não conhece, esta encarcerada criatura de elegante nariz afilado é um quati. Ele habita, creio que originalmente contra a vontade, um mini zoo. Enquanto eu o visitava, o odorizado animal se aproximou da grade, me encarou, me cheirou, viu que eu não trazia nada que lhe apetecesse o paladar e por fim sentou-se de costas para mim, encostado na tela. Começou a lamber o pé. Cutuquei as costas dele, levantando uma certa nuvem de poeira. Nenhuma reação. Repeti. Nada. Ele continuava tirando queijinho da frieira. Aí resolvi colocar o dedo no cucuruto do quati, bem no alto da cabecinha. Foi batata. Nunca vi um bicho ficar tão puto! Ele virou num pulo só, enfiou a boca e as patas pra fora da grade tentando me pegar de qualquer jeito. E não teve conversa, enquanto eu estava por perto, ele tentou me catar. Eu, hein... Se a mulher dele reagir assim a um cafuné essa espécie vai se extinguir logo, logo. Imagina se eu tivesse dado um "pedala quati!" no bichinho.
Sei lá, vai ver que passar a mão na cabeça, em língua de quati quer dizer "aê, paiaço!".
Pensano bem agora, tenho quase certeza de que enquanto eu me afastava ele gritava "Paiaço não! Paiaço não!"
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Nervosildo.
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