segunda-feira, 1 de março de 2010

Competições (nem tão) veladas - No caixa do super

Serzinho competitivo é gente. Deve ser coisa do DNA, deve vir lá do tempo em que a gente morava em árvore e tinha que achar a fruta antes do vizinho de galho ou não almoçava. Tudo a gente tem que chegar antes, mais rápido, mais forte. Parece o tema olímpico, mas taí no dia a dia pra quem quiser ver. Sempre que eu vou no supermercado, eu reparo nisso: Você chega com o carrinho lotado, a caixa sorri e, depois de perguntar se você quer CPF na nota, ela se prepara. É um desafio de velocidade - você tem que descarregar as compras mais rápido do que ela passa os produtos pelo leitor ótico. Ela marca ponto se a esteira ficar vazia, você se lotar tudo e atolar a bichinha. Confesso que eu tenho minhas táticas, que divido agora com vocês.

1 - Organize seu carrinho
Não para facilitar a embalagem ou para manter a cândida longe do repolho, mas porque aí você vê o que pode descarregar para dificultar o adversário. Alguns itens são como coringas, que servem para retardar as caixas mais espertinhas. (ver abaixo) Com o carrinho organizado, você tem acesso fácil a eles, o que pode salvar sua partida.

2 - Produtos-coringa
Se a caixa for lesada, tipo chegou ontem do sertão de Caicó, seu jogo tá na mão. Mas se for uma rata de supermercado, já rodada pelo extra, carrefour e wall mart, você pode se ver em apuros. E aí é hora de lançar mão dos seus coringas, a saber:

- Frutas e verduras - Precisam ser pesadas e não tem códigos de barras, são boas para atrasar o fluxo da mercadoria.

- Frango, peixe e carne - Geralmente, o código de barras não funciona porque está coberto de gelo, água, sangue ou outra gosma qualquer. Aí a mina tem que digitar um por um dos 900 micro-números, o que te dá uma enorme vantagem. Gelados, como iogurte e manteiga, também podem servir, mas a limpeza do código neles é bem mais fácil.

- Produtos exóticos e/ou de marcas suspeitas - Muitas vezes o cuscus marroquino ou a compota de betterraba israelense estão a tanto tempo na prateleira que ninguém lembrou de catalogar. Aí, quando chega no caixa, pimba! Não está registrado, tem que parar, chamar o moleque, procurar o maldito código, ele tem que voltar.... É arriscado, mas se funciona é uma baita jogada.

3 - Golpes sujos
Bem, não diga que você ouviu isso aqui, mas dá pra arrumar um jeito de obter vantagem de forma, digamos, suspeita. Mas como não tem juiz nesse jogo, vale raspar um código aqui e ali, dar uma melecadinha numa embalagem - que além de dificultar a leitura vai fazer a mocinha parar pra pegar um saquinho e botar a nojeira dentro - molhar a esteira com algo degelando (ela vai ter que passar o paninho...) e até botar a caixa de leite na esteira pra diminuir a velocidade. Truques, meu caro, truques.

Devo dizer que tenho obtido bastante sucesso com esss táticas, especialmente combinando-as na hora certa. Espero que sejam úteis para vocês nas próximas compras. Bom jogo!

4 comentários:

Flavia disse...

Como eu tenho que scanear meus proprios produtos no supermercado aqui eu nao posso meu auto-sabotar.
Mas proxima vez que estiver em casa e passar no Pao de Acucar, vou tentar

Eduardo Di Lascio disse...

Queijo de minas de pedaço. É todo mole, deixa a mão da moça cheirando a azedo instantaneamente, tem a etiqueta sempre derretida e o melhor, aquela embalagem finississíssima pode se romper a qualquer momento na mão da caixa. Um verdadeira arma biológica.

Flavia disse...

hahahahahaha queijo minas foi ótimo

Flavia disse...

pega 1 litro de leite uht e fala que qer a caixa do desnatado da mesma marca.

 
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