Hoje é um desses.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
terça-feira, 22 de maio de 2007
Fase boa
Ando numa fase bem boa, profissionalmente. Se ainda não ganho os milhões que mereço, pelo menos o reconhecimento se faz cada vez mais presente, das mais diferentes formas e das mais variadas pessoas. É um prazer surpreender alguém que te contratou com um pé meio atrás, vendo a cara de "pode ser você" passar para "TINHA que ser você" com o desenrolar do trabalho. Assim como também é extremamente recompensador quando eu sou chamado para um papel que "é a minha cara" e a pessoa recebe até mais do que esperava no final. Estão me deixando trabalhar a vontade - e como diz o povo: "deixa o homem trabalhar!"
Ninguém me posta...
Será que é porque eu só divulgo meu blog no rodapé do meu e-mail? Dããããããã!
Com tantos milhões de blogs (alguém já deve ter estimado um número, tenho certeza...) e milhões de milhões de pessoas acessando-os aleatoriamente, quanto tempo será que vai levar pra alguém cair no meu? Um puta tempo, imagino...
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Nada de nobreza
Ainda sobre aquela coisa de ética, se é que se pode chamar assim: Já me acusaram de ser "mais realista que o rei" ou nobre de romance de cavalaria porque eu disse que não me sentia bem em ser passado na frente de outras pessoas em teste. Muitas vezes eu levantei - ou nem entrei na sala - e fui embora porque havia muita gente, estava demorado e eu não podia (ou não tinha saco de) esperar. Nunca peço pra passar na frente. Nem sequer insinuo isso. Me parece sacanagem, presunção de achar que estou acima dos outros mortais da fila. E pensando nisso, acho que o motivo de me sentir assim é o mesmo de eu não aceitar ser indicado para algum lugar só por causa dos meus lindos olhos castanhos: sempre que fazem isso comigo, minha moral vai lá no pé. Parece que eu sou um incapaz que preciso da ajuda dos outros porque não consigo fazer meu trabalho direito. E acabo não fazendo o trabalho direito mesmo. Claro, no caso de furar a fila, isso parece exagerado, mas o espírito loser das duas situações é o mesmo.
Como vocês vêem, não há nada de nobre nessa atitude. Não estou me achando melhor que ninguém. Se podem me acusar de alguma coisa aqui é de ser vaidoso quanto ao meu trabalho.
Como vocês vêem, não há nada de nobre nessa atitude. Não estou me achando melhor que ninguém. Se podem me acusar de alguma coisa aqui é de ser vaidoso quanto ao meu trabalho.
domingo, 13 de maio de 2007
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Sobre ética e algumas convicções às 3 da madruga
É sempre assim: eu trabalho (muitas vezes) o dia inteiro, minha diletíssima espousa também, chegamos os dois exaustos, temos que tombar as crianças na cama e aí sim podemos sentar, relaxar em frente à televisão e... dormir. Das dez e meia ou onze até lá pra duas e quarenta e cinco, quando um dos dois, geralmente eu, acorda com o Shop Tour, o pastor ou algum filme com o David Caruso e chama o outro pra cama. E é aí que começa os altos papos filosóficos da madrugada. Não sei bem por quê. Acho que a gente já deu aquela descansadinha nos neurônios, livrando os pobrezinhos de preocupações como comprar carne, reunião com clientes, novidades com a empregada, de onde vamos tirar grana, essas coisas. E aí o cérebro está livre para divagar sobre assuntos mais profundos.
Ultimamente temos debatido se é a mesma coisa conquistar uma vaga, digamos, numa instituição por seu próprio mérito e ser indicado por alguém influente na dita cuja. Concordamos que se a pessoa for um completo imbecil, enfiado lá apenas para chupar uma grana ou aceito como empregado (geralmente nesses casos em cargo de chefia...)só para satisfazer o "padrinho", obviamente não é a mesma coisa do que galgar o caminho pelo seu esforço. Partimos, então, do princípio que a pessoa a ocupar o cargo seja suficientemente competente para ele. Como tantas outras podem ser. Minha questão é: O que faz ESTA pessoa ser escolhida para o cargo entre as outras igualmente capacitadas? O que difere na hora de tomar a decisão final, de bater o martelo? Se todos os critérios se equivalem, como é feita a decisão?
Meu palpite é Lobby. Não necessariamente no sentido que a gente ouve nos corredores do senado (ou pode até ser), mas um lobby individual mais sutil. Fulano amigo de fulano já ouviu falar desse aí, do outro não. Parece que ele conhece alguém que é amigo de um dos diretores. O pai dele já fez um bom trabalho em uma instituição semelhante. Ele dá palestras em Miami e consultoria em Johanesburgo. O outro... bom, ele preencheria o cargo satisfatoriamente também, mas... Mas o que? Ele não conhece ninguém que você conhece?Ele tem uma vida? Ele faz outras coisas que não trabalhar? Ele gosta de ir ao cinema, imaginem, fica duas horas pensando em outra coisa que não a nossa instituição! Ingrato, tratante, folgado do cacete! Pra fogueira do desemprego com ele!
Já minha mui amada senhoura acha que ser indicado é não só natural como obrigatório para quem está com os pés no chão e não numa nuvem de romantismo e nobreza como eu (eu?). Que é óbvio que quem está em posição de dar um cargo a outro alguém logicamente vai procurar quem está mais perto dele, mesmo que não seja, talvez, a melhooooor opção de todas (lembrem-se, estamos falando de pessoas capacitadas para a função). E que ser amigo dessas pessoas é praticamente um dever de quem quer subir na escala das instituições. E que isso, por si só, não é exatamente lobby. (Eu acho que isso já pode, sim, ser enquadrado naquela categoria de hobby sutil). É mais um processo natural de "uma mão lava a outra". E aí eu me arrepiei.
Natural? O natural é eu fazer um favor para alguém já pensando em cobrar a minha parte? Será que essa mentalidade está tão arraigada na cultura brasileira que ninguém mais vê a possibilidade de se conseguir algum sucesso (notadamente financeiro) por pura e simplesmente sua capacidade? Pois se minha mulher, que é uma profissional liberal esclarecida e inteligente, que cursou uma das melhores universidades do Brasil, num curso tido como um dos mais propensos à filosofia, ética, pensamentos humanistas e tal acha que o jeito natural é o nepotismo - ainda que com pessoas habilitadas - o que pensará o infeliz que tem que pegar doze ônibus e trinta trens por dia pra ganhar 500 real no fim do mês?
Tudo isso às três e cacetada da manhã. Quem falou que ser casado não é emocionante?
Ultimamente temos debatido se é a mesma coisa conquistar uma vaga, digamos, numa instituição por seu próprio mérito e ser indicado por alguém influente na dita cuja. Concordamos que se a pessoa for um completo imbecil, enfiado lá apenas para chupar uma grana ou aceito como empregado (geralmente nesses casos em cargo de chefia...)só para satisfazer o "padrinho", obviamente não é a mesma coisa do que galgar o caminho pelo seu esforço. Partimos, então, do princípio que a pessoa a ocupar o cargo seja suficientemente competente para ele. Como tantas outras podem ser. Minha questão é: O que faz ESTA pessoa ser escolhida para o cargo entre as outras igualmente capacitadas? O que difere na hora de tomar a decisão final, de bater o martelo? Se todos os critérios se equivalem, como é feita a decisão?
Meu palpite é Lobby. Não necessariamente no sentido que a gente ouve nos corredores do senado (ou pode até ser), mas um lobby individual mais sutil. Fulano amigo de fulano já ouviu falar desse aí, do outro não. Parece que ele conhece alguém que é amigo de um dos diretores. O pai dele já fez um bom trabalho em uma instituição semelhante. Ele dá palestras em Miami e consultoria em Johanesburgo. O outro... bom, ele preencheria o cargo satisfatoriamente também, mas... Mas o que? Ele não conhece ninguém que você conhece?Ele tem uma vida? Ele faz outras coisas que não trabalhar? Ele gosta de ir ao cinema, imaginem, fica duas horas pensando em outra coisa que não a nossa instituição! Ingrato, tratante, folgado do cacete! Pra fogueira do desemprego com ele!
Já minha mui amada senhoura acha que ser indicado é não só natural como obrigatório para quem está com os pés no chão e não numa nuvem de romantismo e nobreza como eu (eu?). Que é óbvio que quem está em posição de dar um cargo a outro alguém logicamente vai procurar quem está mais perto dele, mesmo que não seja, talvez, a melhooooor opção de todas (lembrem-se, estamos falando de pessoas capacitadas para a função). E que ser amigo dessas pessoas é praticamente um dever de quem quer subir na escala das instituições. E que isso, por si só, não é exatamente lobby. (Eu acho que isso já pode, sim, ser enquadrado naquela categoria de hobby sutil). É mais um processo natural de "uma mão lava a outra". E aí eu me arrepiei.
Natural? O natural é eu fazer um favor para alguém já pensando em cobrar a minha parte? Será que essa mentalidade está tão arraigada na cultura brasileira que ninguém mais vê a possibilidade de se conseguir algum sucesso (notadamente financeiro) por pura e simplesmente sua capacidade? Pois se minha mulher, que é uma profissional liberal esclarecida e inteligente, que cursou uma das melhores universidades do Brasil, num curso tido como um dos mais propensos à filosofia, ética, pensamentos humanistas e tal acha que o jeito natural é o nepotismo - ainda que com pessoas habilitadas - o que pensará o infeliz que tem que pegar doze ônibus e trinta trens por dia pra ganhar 500 real no fim do mês?
Tudo isso às três e cacetada da manhã. Quem falou que ser casado não é emocionante?
quinta-feira, 10 de maio de 2007
E eu que nunca pensei em blogar
Sempre achei esse negócio de blog um treco meio "querido diário" on line. Uma versão informatizada daquelas agendas gigantes que as meninas colavam desde papel de sonho de valsa até relógio cuco. E se eu já não fazia diário (eu sou é macho, rapá!), pra que um blog?
Até que hoje eu entrei no "Nada é bem assim" , blog do meu amigo (como diria o Rei Roberto) Edu Di Lascio. Aí eu vi um sentido na coisa: escrever como se fosse minha própria coluna de revista, sem editor pra encher o saco! Gostei, comprei a idéia e agora tô blogando.
Se vai durar, se vou postar uma vez a cada ano bissexto, só Deus sabe. Vai ser assim e dane-se: não tenho deadline, copydesk, conteúdo definido, tamanho máximo ou mínimo e nem que dar satisfação a ninguém. É o que eu penso. É, às vezes eu penso.
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