segunda-feira, 14 de maio de 2007

Nada de nobreza

Ainda sobre aquela coisa de ética, se é que se pode chamar assim: Já me acusaram de ser "mais realista que o rei" ou nobre de romance de cavalaria porque eu disse que não me sentia bem em ser passado na frente de outras pessoas em teste. Muitas vezes eu levantei - ou nem entrei na sala - e fui embora porque havia muita gente, estava demorado e eu não podia (ou não tinha saco de) esperar. Nunca peço pra passar na frente. Nem sequer insinuo isso. Me parece sacanagem, presunção de achar que estou acima dos outros mortais da fila. E pensando nisso, acho que o motivo de me sentir assim é o mesmo de eu não aceitar ser indicado para algum lugar só por causa dos meus lindos olhos castanhos: sempre que fazem isso comigo, minha moral vai lá no pé. Parece que eu sou um incapaz que preciso da ajuda dos outros porque não consigo fazer meu trabalho direito. E acabo não fazendo o trabalho direito mesmo. Claro, no caso de furar a fila, isso parece exagerado, mas o espírito loser das duas situações é o mesmo.
Como vocês vêem, não há nada de nobre nessa atitude. Não estou me achando melhor que ninguém. Se podem me acusar de alguma coisa aqui é de ser vaidoso quanto ao meu trabalho.

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