Doze horas seguidas e ininterruptas de duas crianças under sete anos no primeiro dia de férias. Nem Johnny Rotten é tão punk.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Loucura pura
domingo, 9 de dezembro de 2007
Não entendo
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Frases do Gui - IV
Claro que o Gui quis ir ao banheiro do parquinho infantil do Palmeiras. Ele sempre quer. Entramos lá e o Gui:
- Que cheiro é esse?
- Sei lá, Gui, tô prendendo a respiração.
- É cheiro de vaca!
Arrisquei uma fungada. O lugar parecia um estábulo mesmo.
- Não quero mais fazer xixi.
E completou:
- Olha, alguém fez cocô mole aqui na parede!
É... a manutenção de banheiros no clube anda meio defasada...
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
O maior índice de tampas de São Paulo
Estava eu desfrutando de uma alegre caminhada com a família pela Avenida Paulista quando, na esquina da dita cuja avenida com a Al. Campinas, sugeri à Sofia contarmos as tampas (de bueiro, luz, água, etc) que víamos na calçada.
Para minha surpresa, antes de passarmos do Muamba Shopping (apelido carinhoso daquele lugarzinho onde se compra jogos e softwares de última geração por déi real) já tínhamos chegado a 55!!! Quase não tem calçada ali, é praticamente um buraco colado no outro! Pra vocês terem uma idéia, nos outros 2/3 do quarteirão só existem 5 tampas. E são tampas dos mais variados modelos e tamanhos. Muitas não identificadas. Desconfio que sejam passagens secretas pros chineses fugirem em caso de blitz da polícia federal.
Fazia tempo que eu não postava
E daí, né?
Estava ocupado. Na verdade, ainda estou.
ASSISTAM O BINGO TEATRO NO TEATRO FOLHA!
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Nomes de Pet Shop - V
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Eu, o mano
Nomes de Pet Shop - IV
Olhaí, olhaí, freguesia, mais uma leva de nomes de pet shop fresquinha saindo do forno...
- PontoCão.br (ahhh, ESSA sim é no Brasil...)
- Pet Pourri (hummmm...)
- Plunct Pet Zumm (HUMMMMM...)
- Cãopacabana (her name was Lola...)
- Cãopanheiro (bobo)
- Dogato (pegaram essa? dog+gato? hã?hã?)
- Mia Láctea (sem comentários)
- Au Cão Kur (elaboradamente infame. Coisa de vilão do 007)
- Cãobelereiro (bobo e viadinho)
- Entre patas e beijos (concorrendo firme à mais infame de todas)
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Nomes de Pet Shop - III
É, nem sempre a coisa do trocadilho - um clássico entre as Pet Shops - dá certo. Exemplos:
- Cãpinista (o que seria? Cão Alpinista? Canista? Cão Acionista?)
- Palazzoo ( palazzo + zoo ? Humm, não funcionou, parece nome de algum lugar aborígene na Nova Zelândia)
- Mundo Cão (pra quem quer a miséria para seus bichinhos)
- Dia de Cão (versão mais light do anterior, pro bichinho sofrer menos)
E destaque para uma clínica veterinária que aderiu à moda: MedCão
Nomes de Pet Shop - II
Bastaram dez minutos de google pra achar mais um monte de nomes infames (ou criativos, questão de prisma) para Pet Shops. Vamos continuar na linha dos trocadilhos:
- Cãocum
- Cãomarada
- Amicão
- Cãopanhia Ilimitada
- Ponto Cão (como não tem ".br" depois, deve ser nos EUA)
- Cão Guru
- Aumigos
- Molecão
- Cão Peão
- Fofocão
- Malu-cão
Obs: Todos esses nomes são, acredite, reais. Tô impressionado.
Nomes de Pet Shop - I
Já repararam como donos de pet shops são criativos na hora de batizar seus negócios (!)?
Vou começar aqui uma lista de nomes que eu já vi por aí.
Se alguém tiver contribuições, reais ou imaginárias, por favor envie.
- Cão Doce
- Cão De Ló
- Cão de Açúcar
- Au Que Mia
- SapeCão
- Cãomilão
- Cãotinho da tia Fulaninha
- SePETiba (sim, fica na ria Sepetiba...)
E tem a Pet Shop que estou pensando em abrir na rua Rego Freitas: TraveCão. Não é do Cãocete? (péssimo, mas não deu pra resistir, perdão...)
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
E fim de papo
Só para arrematar o assunto do teste do não ator e publicitários: Nesse caso, cliente a agência parecem uns incapazes. Mas aceito provas em contrário. Vamos ver o tal filme no ar e concluir. De preferência comigo no papel principal... E chega desse assunto.
Maldição do lobisomem
- O Edu comentou no post abaixo se eu sabia que continuo sendo um publicitário. Opa, e como sei Edu. É como ser mordido por lobisomem, não tem jeito. Por isso que eu quero retificar (ou é ratificar?) a impressão de ser antipático aos colegas de profissão. Não é isso, pelamordedeus. Sei muito bem que gente legal e imbecil tem em todas as áreas. A publicidade foi minha primeira escolha profissional e não me arrependo dela. É claro que como tudo que você precisa fazer para ganhar seu suado sustento, ela acaba com o tempo se tornando uma desilusão. Os ideais ficam lá na faculdade, na prática a teoria é outra. Não, eu não nego que sou publicitário. Só que trabalhando na frente das câmeras eu me sinto mais livre pra observar esse mundinho.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Não sei o que é, mas é isso aí, chefe!
Ainda sobre o teste do "não ator"(veja post abaixo): Conversa vai, conversa vem, fico sabendo que primeiro queriam o personagem vestido de galinha, depois de jogador de badmignton, depois de Silvio Santos e agora era um "homem-sanduiche", desses que ofereciam abreugrafia (credo, isso é véio pra cacete!) na rua direita. Nota-se que a agência segue muito bem o conceito do cliente, docemente resumido como "Lambam meu saco, seus pobres".
Aliás, chefinho, se Vossa Excelência espirrar e eu não estiver por perto, saúde
"Eu num quero ator"
Hoje fui num teste prum comercial que, fiquei sabendo lá, era a quinta ou sexta chamada. "O cliente mudou de novo", disse a produtora. "É que primeiro o cliente disse que não queria ator...aí não ficou bom..." Puxa. Surpreendente. Quem poderia imaginar? E que idéia mais deturpada essa, de botar um ator para... atuar!!!!
Imagino esse gênio empresarial precisando retirar um tumor do cerebelo: " Mas não quero cirurgião me operando, hein?!". A única diferença é que, entre uma babada e outra, ele não ia conseguir perceber que a cirurgia não tinha ficado boa.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Novas barbeiragens - I ou Parabéns, seus trouxas.
Ando reparando em novas categorias de barbeiragens no trânsito desta metrópole. Uma delas é a curva "primeiro eu, otário": Suponha que você pára no semáforo e um espertão pára também, no sentido oposto. Você quer ir em frente, ele virar. Se ele tiver que cruzar a sua frente, ele vai arrancar no amarelo, subir na calçada, atropelar uma velhinha, passar raspando na perua escolar e fazer um strike no pessoal da faixa de pedestre só pra passar na sua frente. Afinal, esse negócio de esperar é pra trouxa. Gentileza é para os fracos. Ele pode mais que você. Já vi uns sujeitos quase baterem em carros na outra faixa só porque eu ameacei passar pelo cruzamento antes dele. Tudo isso só pra parar no próximo sinal vermelho. É. Tem gente que se acha esperta, e nunca são as inteligentes.
A preferencial é de quem está na rotatória, não é não?
Eu cursei a auto-escola aos dezoito anos. Lá aprendi que a preferencial SEMPRE é de quem está na rotatória. Não sei o que aconteceu nesses últimos 22 anos - mais especificamente nos últimos cinco, vai - mas não me consta que essa regra tenha mudado. Entretanto, parece que essa regra foi completamente esquecida. Tô cansado de ver nego parado que nem um goiaba no meio da rua esperando o circo passar. E aí vem outro goiaba até mais goiaba e pára atrás do supracitado goiaba 1. Aí são dois goiabas parados numa ridícula rodinha de pinos amarelinhos no meio da rua achando que estão certos. Logo chega o goiaba três, gruda no goiaba dois e aí o fudûncio tá armado de vez. E a rotatória, que seria pra facilitar o trânsito, aumentando sua fluidez, vira um nó. Era o caso de uma campanha de esclarecimento do Contran, Detran, sei lá qual TRAN, já que bom senso e inteligência pra perceber que é mais lógico parar na esquina ao invés de no meio da rua parece não ser o forte desse povo que aprendeu a dirigir depois de mim. Culpem as auto-escolas, os examinadores, a corrupção, o raio que parta, mas eu acho que valia ao menos colocar umas faixas em cima das goiabeiras, ops, quero dizer, rotatórias.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
E enquanto isso, na cabeça de cabelinhos enrolados...
Gui resolveu que não quer mais a gata e decidiu demontá-la (?!!??). Por enquanto ainda não conseguiu, mas vem tentando.
Me pergunto se não é hora de batizar esse menino antes que tenhamos que exorcizá-lo.
Isn´t she lovely???
Sofia já sabe o que vai ser quando crescer: Pintora. De quadros e de paredes. É uma artista mirim que tem plena consciência do que é viver de arte no Brasil. Essa ilustração acima é a capa de seu mais recente livro (o terceiro de hoje), intitulado "o gato que quiria voar" (sic). Um sucesso editorial por essas bandas, que só não bateu os recordes (por enquanto, pelo menos...) de seu predecessor "chuchu, chuchu, venha a minha festa" (sic também).
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Noites de zumbi
domingo, 2 de setembro de 2007
Gui, o menino-pera
Não dá pra comprar pera, especialmente aquela Williams, sem um roxinho. Aliás, quando tem só um roxinho tá ótimo. Geralmente parece que a pera argentina é torcedora do River Plate e veio pro Brasil num ônibus da torcida do Boca Juniors. Assim é o Gui. Faz meses que não vejo meses moleque sem um amassado. Parece que a cabeça pesa demais e tem ímã pra tijolo: tá sempre grudando numa parede, numa pilastra, numa quina qualquer. Fora os tombos sem motivo, raladas na canela e pulos mal calculados. Enfim, dizem que é sinal de criança saudável...
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
O namorado da Sofia
.É mole? Com seis anos ela diz que está namorando o Yuri. Tudo bem, isso se restringe a tês ligações telefônicas antes de ir pra escola - e encontrar o Yuri - e cinco DEPOIS de voltar da escola - onde ela encontrou o Yuri. A adolescência dessa menina já tá prometendo...Preciso ensinar ela a usar o Skype
Hamlet é duca
Quem não conhece Hamlet, desse rapazote inglês, o Bill Shakespeare, não sabe o que está perdendo. Acho que metade - ou mais - das citações famosas de Shakespeare vem dali. Claro, o fato de ser essa uma das peças mais encenadas nos últimos séculos aqui no ocidente contribui pra fama das ditas cujas frases. E também porque no original Hamlet dura quatro horas, tem tempo pra citações... Mas essa duração era comum nos tempos de Elisabeth I. O que eu sei é que esse cara desenvolveu o que hoje está em todos os roteiros de cinema: o ser humano é o centro da ação. Parece pouco, mas imagine Hollywood só fazendo filmes que a igreja aprovasse. O Padre Marcelo Rossi ia ser Fellini...
Quem quiser ter uma idéia do que eu falo, vá assistir Hamlet Gasshô na Sala Cultura Inglesa do CBB. Além de contar com uma versão reduzida a uma hora e meia, você ainda aprecia a participação deste humilde blogueiro como Polonius... Sábados às 21:00h e domingos às 20:00h
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Desesperadas housewives
Alguém já viu essa refilmagem brasileira da desperate housewives? Tsc, tsc... dureza, rapaz...
Disciplina é liberdade?
Putz, pode até ser... Mas vai ser budista lá em Kuala Lumpur pra pagar esse preço, hem? Até entendo o sentido, mas a idéia de ser bitolado pra se sentir livre é por demais oriental pros meus chacras.
Espero que quando eu estiver pronto uma força maior me esclareça.
Faz tempo que eu não escrevo
É, faz. Nesse blog em específico e no geral. Não me faltem idéias. Ou às vezes até faltam. Nem jeito, acho que eu até levo jeito pra coisa. Me falta saco. Disciplina. Disciplina é uma coisa que cansa. E eu já ando cansado.
sábado, 28 de julho de 2007
Chuvatuba
Essa é banana
Entrou no ar há pouco o comercial que eu fiz para a ABP, assinado "toda censura é burra". Simples, bacana, só eu a banana e uma parede branca. Hum, dito assim é meio pornográfico, mas não é nada disso. Vai nesse link e vê.
terça-feira, 17 de julho de 2007
Emocionante
O Pan é uma mini-olimpíada feita só pros EUA mostrar que não têm concorrente por aqui. E gerar emocionantes disputas de esportes não menos excitantes: a final de duplas mistas no Badmignton (aquele tênis gay com peteca) entra a dupla da Guatemala e Honduras foi eletrizante. Sem contar a eliminatória do tiro com pistola de ar comprimido a 10 metros pronado (cacete!), onde só faltou os alvos serem bocas de palhaço pra parecer um bando de marmanjo no Playcenter. Tem também os brasileiríssimos beisebol e softbol (não me perguntem a diferença, acho que o soft deve ser jogado com bola de meias, sei lá), tão ininteligíveis quanto soporíferos. Ah, e o tradicional boliche, jogado desde a grécia antiga, que quando VOCÊ joga só suporta porque enche a cara de cerveja e salgadinhos. Assistir pela TV, então, só se tiver a locução do Galvão Bueno...
quarta-feira, 4 de julho de 2007
O mito do inverno brasileiro
Já repararam que brasileiro adora reclamar de frio? Bsta a temperatura baixar da casa dos 25 que já aparecem malhas, ponchos, cachecóis, echarpes, gorros, tocas, luvas(!), ederedons, mantas, cobertores... Criaturas, conscientizem-se: Não existe inverno no Brasil!!!!! Pelo menos não do jeito europeu que vocês julgam. Aqui no máximo a temperatura dá uma baixadinha, o que é só vantagem. Dá licença, eu hein?
Vamos a la playa?
Julho. Mês fantástico pra ir à praia. É mais barato, tem menos farofeiro e você não derrete os miolos debaixo de 150 graus celsius. Quem diabos falou que a gente tem que cozinhar na areia pra ser férias? Viva o friozinho a beira-mar! Tá, é um pouco úmido, mais nada que uma boa lareira ou fogueira não resolva.
terça-feira, 26 de junho de 2007
Sob medida
Olha lá, olha lá, minha gente! É a peça sob medida pra sua empresa! Sim, eu também pressto este tipo de serviço. Quer passar sua mensagem com humor, simpatia e eficiência? Chame a Terceiro Sinal que a gente dá conta do seu recado. Peças, intervenções, esquetes, eventos, convenções, você escolhe a hora e o lugar. O resto é com a gente. Acesse a página da Terceiro Sinal e confira algumas fotos e um breve histórico.
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Blog da Flávia
Entre uma Guiness e um Jameson, a Flávia, minha irmã que é trainee de leprechaun na Irlanda, escreve um blog. Esse é o link: http://www.triftybits.com/. Confere lá.
Promessa é dívida
E não é que tiraram fotos mesmo? Olhaí eu de Zérek com a Eliana... prometi que postava, taí. Em tempo: essa menina Eliana gera uma mídia que vou te contar. Rapaz, saiu em tudo que é lugar... Ainda em tempo: Ela mandou bem no Nunca se Sábado. Segurou as pontas legal, se soltou, foi uma beleza! Uma das melhores apresentações da temporada. Mérito também pro Fábio Torres, o autor da semana. Esse rapaz leva jeito...
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Falando em Shrek...
Fast food o caramba
terça-feira, 12 de junho de 2007
13 de junho
Aí, sim, uma data muito especial: Dia de Santo Antonio! Cabra bão, milagreiro das antigas, daqueles de aparecer em dois lugares ao mesmo tempo, curar doente na hora e outras coisas de arrepiar os cabelos do Retzinger. Santo mesmo, ali com São Francisco e uns poucos outros. Que me perdoem os mártires, bispos e investidores da Santa Sé que usam o mesmo título, mas vocês deviam estar em outra categoria.
Dia dos Namorados
Eita, mais uma data comercial pra alguém te encher o saco...
Triste de quem precisa esperar 12 de junho pra carcá a namorada a troco de presentinho.
sexta-feira, 1 de junho de 2007
O Prodígio do Mundo Ocidental
Acabou na última semana nossa temporada na Praça Roosevelt. Foi bom enquanto durou, podia durar mais, quem sabe talvez até dure (a esperança é a última que morre, não é?) Rendeu boas amizades, grandes gargalhadas, muito ganho profissional, nem tanto dinheiro assim e algumas fotos sensacionais como esta.Quem viu, viu, quem não viu torce aí pra gente voltar.
segunda-feira, 28 de maio de 2007
terça-feira, 22 de maio de 2007
Fase boa
Ando numa fase bem boa, profissionalmente. Se ainda não ganho os milhões que mereço, pelo menos o reconhecimento se faz cada vez mais presente, das mais diferentes formas e das mais variadas pessoas. É um prazer surpreender alguém que te contratou com um pé meio atrás, vendo a cara de "pode ser você" passar para "TINHA que ser você" com o desenrolar do trabalho. Assim como também é extremamente recompensador quando eu sou chamado para um papel que "é a minha cara" e a pessoa recebe até mais do que esperava no final. Estão me deixando trabalhar a vontade - e como diz o povo: "deixa o homem trabalhar!"
Ninguém me posta...
Será que é porque eu só divulgo meu blog no rodapé do meu e-mail? Dããããããã!
Com tantos milhões de blogs (alguém já deve ter estimado um número, tenho certeza...) e milhões de milhões de pessoas acessando-os aleatoriamente, quanto tempo será que vai levar pra alguém cair no meu? Um puta tempo, imagino...
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Nada de nobreza
Ainda sobre aquela coisa de ética, se é que se pode chamar assim: Já me acusaram de ser "mais realista que o rei" ou nobre de romance de cavalaria porque eu disse que não me sentia bem em ser passado na frente de outras pessoas em teste. Muitas vezes eu levantei - ou nem entrei na sala - e fui embora porque havia muita gente, estava demorado e eu não podia (ou não tinha saco de) esperar. Nunca peço pra passar na frente. Nem sequer insinuo isso. Me parece sacanagem, presunção de achar que estou acima dos outros mortais da fila. E pensando nisso, acho que o motivo de me sentir assim é o mesmo de eu não aceitar ser indicado para algum lugar só por causa dos meus lindos olhos castanhos: sempre que fazem isso comigo, minha moral vai lá no pé. Parece que eu sou um incapaz que preciso da ajuda dos outros porque não consigo fazer meu trabalho direito. E acabo não fazendo o trabalho direito mesmo. Claro, no caso de furar a fila, isso parece exagerado, mas o espírito loser das duas situações é o mesmo.
Como vocês vêem, não há nada de nobre nessa atitude. Não estou me achando melhor que ninguém. Se podem me acusar de alguma coisa aqui é de ser vaidoso quanto ao meu trabalho.
Como vocês vêem, não há nada de nobre nessa atitude. Não estou me achando melhor que ninguém. Se podem me acusar de alguma coisa aqui é de ser vaidoso quanto ao meu trabalho.
domingo, 13 de maio de 2007
sexta-feira, 11 de maio de 2007
Sobre ética e algumas convicções às 3 da madruga
É sempre assim: eu trabalho (muitas vezes) o dia inteiro, minha diletíssima espousa também, chegamos os dois exaustos, temos que tombar as crianças na cama e aí sim podemos sentar, relaxar em frente à televisão e... dormir. Das dez e meia ou onze até lá pra duas e quarenta e cinco, quando um dos dois, geralmente eu, acorda com o Shop Tour, o pastor ou algum filme com o David Caruso e chama o outro pra cama. E é aí que começa os altos papos filosóficos da madrugada. Não sei bem por quê. Acho que a gente já deu aquela descansadinha nos neurônios, livrando os pobrezinhos de preocupações como comprar carne, reunião com clientes, novidades com a empregada, de onde vamos tirar grana, essas coisas. E aí o cérebro está livre para divagar sobre assuntos mais profundos.
Ultimamente temos debatido se é a mesma coisa conquistar uma vaga, digamos, numa instituição por seu próprio mérito e ser indicado por alguém influente na dita cuja. Concordamos que se a pessoa for um completo imbecil, enfiado lá apenas para chupar uma grana ou aceito como empregado (geralmente nesses casos em cargo de chefia...)só para satisfazer o "padrinho", obviamente não é a mesma coisa do que galgar o caminho pelo seu esforço. Partimos, então, do princípio que a pessoa a ocupar o cargo seja suficientemente competente para ele. Como tantas outras podem ser. Minha questão é: O que faz ESTA pessoa ser escolhida para o cargo entre as outras igualmente capacitadas? O que difere na hora de tomar a decisão final, de bater o martelo? Se todos os critérios se equivalem, como é feita a decisão?
Meu palpite é Lobby. Não necessariamente no sentido que a gente ouve nos corredores do senado (ou pode até ser), mas um lobby individual mais sutil. Fulano amigo de fulano já ouviu falar desse aí, do outro não. Parece que ele conhece alguém que é amigo de um dos diretores. O pai dele já fez um bom trabalho em uma instituição semelhante. Ele dá palestras em Miami e consultoria em Johanesburgo. O outro... bom, ele preencheria o cargo satisfatoriamente também, mas... Mas o que? Ele não conhece ninguém que você conhece?Ele tem uma vida? Ele faz outras coisas que não trabalhar? Ele gosta de ir ao cinema, imaginem, fica duas horas pensando em outra coisa que não a nossa instituição! Ingrato, tratante, folgado do cacete! Pra fogueira do desemprego com ele!
Já minha mui amada senhoura acha que ser indicado é não só natural como obrigatório para quem está com os pés no chão e não numa nuvem de romantismo e nobreza como eu (eu?). Que é óbvio que quem está em posição de dar um cargo a outro alguém logicamente vai procurar quem está mais perto dele, mesmo que não seja, talvez, a melhooooor opção de todas (lembrem-se, estamos falando de pessoas capacitadas para a função). E que ser amigo dessas pessoas é praticamente um dever de quem quer subir na escala das instituições. E que isso, por si só, não é exatamente lobby. (Eu acho que isso já pode, sim, ser enquadrado naquela categoria de hobby sutil). É mais um processo natural de "uma mão lava a outra". E aí eu me arrepiei.
Natural? O natural é eu fazer um favor para alguém já pensando em cobrar a minha parte? Será que essa mentalidade está tão arraigada na cultura brasileira que ninguém mais vê a possibilidade de se conseguir algum sucesso (notadamente financeiro) por pura e simplesmente sua capacidade? Pois se minha mulher, que é uma profissional liberal esclarecida e inteligente, que cursou uma das melhores universidades do Brasil, num curso tido como um dos mais propensos à filosofia, ética, pensamentos humanistas e tal acha que o jeito natural é o nepotismo - ainda que com pessoas habilitadas - o que pensará o infeliz que tem que pegar doze ônibus e trinta trens por dia pra ganhar 500 real no fim do mês?
Tudo isso às três e cacetada da manhã. Quem falou que ser casado não é emocionante?
Ultimamente temos debatido se é a mesma coisa conquistar uma vaga, digamos, numa instituição por seu próprio mérito e ser indicado por alguém influente na dita cuja. Concordamos que se a pessoa for um completo imbecil, enfiado lá apenas para chupar uma grana ou aceito como empregado (geralmente nesses casos em cargo de chefia...)só para satisfazer o "padrinho", obviamente não é a mesma coisa do que galgar o caminho pelo seu esforço. Partimos, então, do princípio que a pessoa a ocupar o cargo seja suficientemente competente para ele. Como tantas outras podem ser. Minha questão é: O que faz ESTA pessoa ser escolhida para o cargo entre as outras igualmente capacitadas? O que difere na hora de tomar a decisão final, de bater o martelo? Se todos os critérios se equivalem, como é feita a decisão?
Meu palpite é Lobby. Não necessariamente no sentido que a gente ouve nos corredores do senado (ou pode até ser), mas um lobby individual mais sutil. Fulano amigo de fulano já ouviu falar desse aí, do outro não. Parece que ele conhece alguém que é amigo de um dos diretores. O pai dele já fez um bom trabalho em uma instituição semelhante. Ele dá palestras em Miami e consultoria em Johanesburgo. O outro... bom, ele preencheria o cargo satisfatoriamente também, mas... Mas o que? Ele não conhece ninguém que você conhece?Ele tem uma vida? Ele faz outras coisas que não trabalhar? Ele gosta de ir ao cinema, imaginem, fica duas horas pensando em outra coisa que não a nossa instituição! Ingrato, tratante, folgado do cacete! Pra fogueira do desemprego com ele!
Já minha mui amada senhoura acha que ser indicado é não só natural como obrigatório para quem está com os pés no chão e não numa nuvem de romantismo e nobreza como eu (eu?). Que é óbvio que quem está em posição de dar um cargo a outro alguém logicamente vai procurar quem está mais perto dele, mesmo que não seja, talvez, a melhooooor opção de todas (lembrem-se, estamos falando de pessoas capacitadas para a função). E que ser amigo dessas pessoas é praticamente um dever de quem quer subir na escala das instituições. E que isso, por si só, não é exatamente lobby. (Eu acho que isso já pode, sim, ser enquadrado naquela categoria de hobby sutil). É mais um processo natural de "uma mão lava a outra". E aí eu me arrepiei.
Natural? O natural é eu fazer um favor para alguém já pensando em cobrar a minha parte? Será que essa mentalidade está tão arraigada na cultura brasileira que ninguém mais vê a possibilidade de se conseguir algum sucesso (notadamente financeiro) por pura e simplesmente sua capacidade? Pois se minha mulher, que é uma profissional liberal esclarecida e inteligente, que cursou uma das melhores universidades do Brasil, num curso tido como um dos mais propensos à filosofia, ética, pensamentos humanistas e tal acha que o jeito natural é o nepotismo - ainda que com pessoas habilitadas - o que pensará o infeliz que tem que pegar doze ônibus e trinta trens por dia pra ganhar 500 real no fim do mês?
Tudo isso às três e cacetada da manhã. Quem falou que ser casado não é emocionante?
quinta-feira, 10 de maio de 2007
E eu que nunca pensei em blogar
Sempre achei esse negócio de blog um treco meio "querido diário" on line. Uma versão informatizada daquelas agendas gigantes que as meninas colavam desde papel de sonho de valsa até relógio cuco. E se eu já não fazia diário (eu sou é macho, rapá!), pra que um blog?
Até que hoje eu entrei no "Nada é bem assim" , blog do meu amigo (como diria o Rei Roberto) Edu Di Lascio. Aí eu vi um sentido na coisa: escrever como se fosse minha própria coluna de revista, sem editor pra encher o saco! Gostei, comprei a idéia e agora tô blogando.
Se vai durar, se vou postar uma vez a cada ano bissexto, só Deus sabe. Vai ser assim e dane-se: não tenho deadline, copydesk, conteúdo definido, tamanho máximo ou mínimo e nem que dar satisfação a ninguém. É o que eu penso. É, às vezes eu penso.
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